sábado, 13 de agosto de 2011

Balanço da fic Soulmates Never Die

Quero desde já agradecer a todos os leitores atentos que me impulsionaram a continuar a fic =D
Soulmates Never Die foi a segunda fanfic que escrevi e queria assim, torná-la melhor e + complexa.
No ínicio a personagem principal, Mariza Ventura é uma adolescente madura, mas rebelde. Se calhar muitos de vocês, não compreendiam as atitudes dela até conhecerem o seu passado, verdade?
Criei a M.V. com base na minha própria personalidade, só que de um lado + obscuro, + rebelde e independente. M.V. tem amigos que a vão acompanhar ao longo de toda a história.
Em SND também há muitas intrigas na família Ventura, o que achei que fosse acrescentar + mistério e explicações para as coisas funcionarem da maneira que funcionam.
É com a entrada de Javi García na história que M.V. começa a mostrar o seu lado + carinhoso e romântico. E, apesar de no ínicio da relação deles, M.V. ser do género: Ñ te metas comigo (risos), ela acaba por se apaixonar e J.G. por ela, também.
No último capítulo, tudo acontece muito depressa, pois queria dar a ideia de que o tempo passava muito devagar para tudo o que aquele casal queria ser e ter. Portanto, foi + do género: Vamos ao que interessa (risos).
Se calhar, muitos de vocês acharam o final muito triste e trágico... mas eu achei-o bom.
Em todas as histórias que li (areditem, eu leio muitos livros), nunca descobri o final, final das histórias. Eram sempre finais muito abertos e pouco esclarecedores. E eu não queria isso para esta história. Queria transmitir-vos como foi o final destas soulmates. E, como devem ter calculado, inspirei-me em Romeo and Juliet d William Shakespeare.
Vou dar-vos alguns bónus que não foram escritos na história:
1º M.V. fez uma tatuagem com o nome do seu amado e o nº 6; J.G. fez outra tatuagem, com o nome da sua amada e um pequeno golfinho.
2º J.G. pediu M.V. em casamento junto à piscina da sua casa com todos os amigos de ambos a contemplarem toda a ocasião.
3º J.G. assistiu ao parto de Alejandro Ventura García, o seu filho.
4º A.V.G. tem olhos verdes musgo à moda Ventura e cabelo encaraculado em tons castanho claros.
5º Inês Ventura tornou-se grande amiga de M.V.
6º Gabriel Ventura era como um pai para M.V.
7º M.V. nunca + teve notícias do seu pai.
8º Quando M.V. pensou no suicídio:
 - tinha esperança de encontrar o seu amor no Outro Mundo
 - fê-lo de uma forma muito parecida, à morte da sua mãe.
9º Nunca ninguém soube, mas Silvia Ventura, mãe de M.V. não morreu no dia em qu pensavam que ela tinha morrido!
Espero que tenham gostado. MUITO OBRIGADA =D
A minha outra fic Almas Destinadas ficou um pouco em stand by =S pois decidi recomeçar a escrever um romance de fantasia que quero daqui a algum tempo publicar em livro, espero que compreendam.
Já não falta muito para publicar 2 novos capítulos da Following Your Heart, juntamente com uma das minhas melhores amigas, Inês Oliveira.
Fiquem atentos(as). Beijos =D

Agradecimentos

Obrigada, MUITO, MUITO OBRIGADA pelos comentários do último cap. SND.
Rita: eu gosto bastante da tua fic, mas como acontece nos meus blog' s, eu ñ konsigo enviar koments =S
AHAHAH eu tb me emocionei ao eskrever a última parte =P Continua kom a tua fic para eu kontinuar a ler ahahahahaha
Beijinhos às duas =D Obrigada

Within Temptation - Somewhere


ÚLTIMO CAPÍTULO DE SOULMATES NEVER DIE
(porque o verdadeiro amor e as verdadeiras almas gémeas nunca morrem)

SOULMATES NEVER DIE - 12º Capítulo (último)

(uma semana depois...)

Já há alguns dias que me sentia estranha... bem, eu já era estranha, mas não era bem isso que eu queria dizer; dormia muito, comia em demasia, e esta manhã, quando Javi saiu para os treinos do Benfica, vomitei todo o pequeno-almoço. E o facto mais espevitado em toda esta história, era que a minha mestruação estava atrasada e eu raramente sofria um atraso.
Não quis entrar em pânico por antecipação; antes teria de fazer o teste.
Ai Jesus! E se desse positivo?! De certeza, que não estava nos planos de Javi ter um filho. Ainda por cima, agora, na ascensão da sua carreira.
Vesti-me e fui à farmácia.  O saco que me deram na farmácia, para mim, pesava uma tonelada.
Uma tonelada de perguntas, uma tonelada de incertezas, uma tonelada de nervosismo.
Voltei para casa, fui à casa de banho com as mãos a tremer.

Tinha os olhos fechados. Abri-os e pestanejei.
POSITIVO.
- Oh, meu Deus! Como raio é que vou dizer isto ao Javi?

Pus a mesa, fiz o nosso almoço e esperei por Javi bem sentada n sofá. Ouvi as chaves a rodarem a fechadura. Ele aproximou-se de mim, rodeando-me com os seus braços protetores.
Perguntou-me porque estava a tremer. Fiz-lhe uma cara séria.
- Javi? Eu... eu tenho uma coisa para te dizer.
- Sí. Dime, entonces.
Respirei calmamente.
- Isto é complicado para mim. Não é uma coisa que eu deseje. Não é uma coisa que eu ambicionara e tenho a certeza que tu também não.
- Qué pasa, cariño?
- Eu estou grávida, Javi.
Javi pestanejou inúmeras vezes. Depois riu, histericamente.
Pousei-lhe uma mão no rosto, preocupada.
- Estás bem, meu amor?
- ESTOY OPTIMO! PERFECTO! MÁS QUE PERFECTO! – Ergueu-me no ar, ao gritar.
- Então... não estás zangado comigo?
- Yo? No, es claro que no.
Beijou-me, apaixonadamente.
- Estoy... estoy...
- Doido, talvez? – rindo-me da sua falta de adjectivos.
- Por ti y por elle! – apontando para a minha barriga.
- E se for uma menina?
- Bueno, tienemos que hacer uno “elle”.
- JAVI! – rindo-me. – Tenho de ir ao médico.
- Sí, sí claro. Yo voy contigo.
- Obrigada. – dei-lhe outro beijinho e depois, agarrei-me à barriga que dava voltas e corri para a casa-de-banho para vomitar novamente. Javi ria-se na sala, super contente. Homens!

(um mês depois...)
Estavam lá todas as minhas amigas, ajudando-me a vestir, a maquilhar-me e a sucarem-me os nervos. Tinha feito as pazes com a minha prima Dalila. Tinha conhecido a minha nova prima, amorosa, Inês Ventura. Dalila punha-me um anel prateado e um colar no pescoço afiado.
Inês tratava-me do cabelo. Rita Correia maquilhava-me com simplicidade. Diana e Patrícia tratavam do calçado e do vestido branco com pormenores floreados em tons dourados que tinha no vestido. Passados alguns minutos, as minhas damas de honor e a minha madrinha, Patrícia, saíram do quarto, dando-me alguns minutos antes de tirarmos algumas fotos antes de irmos para a Igreja. Imaginei o Javi com um fato lindíssimo, com gel no cabelo à minha espera.
Fiquei ainda mais ansiosa! Abri a porta e dirigi-me ao corredor. O fotografo já estava a postos.
Tirei algumas fotos com as minhas melhores amigas/damas de honor, os meus tios, o pai de Inês, Gabriel Ventura e a sua mulher, também meus tios. Os meus padrinhos, Patrícia e André Santos ajudaram-me a entrar para o carro que este último ía conduzir. Desejei que a minha mãe estivesse ali, a presenciar aquele momento. Não pensei no meu pai que estava em Inglaterra.
Chegámos à Igreja. Os meus padrinhos entraram na Igreja. Gabriel, que me ía levar ao altar, pegou firmemente no meu braço.
- Não me deixes cair. – sussurrei-lhe ao ouvido, dando um risinho trémulo.
Olhei para trás; Inês, Dalila, Diana e Rita Correira já seguravam na cauda do meu vestido.
Entrei na Igreja e comecei a ouvir Fields of Gold de Sting, música que Javi escolheu para se ouvir na Igreja em vez da tradicional e ridicula música. Ele sabia que como eu adorava aquela música. Esqueci todas aquelas pessoas que estava ali para verem o nosso casamento.
Esqueci tudo o resto. Neste momento, o que interessava era eu e o Javi. E daqui a alguns meses, o nosso pequeno rebento.
Tive de não mexer o maxilar, quando me posicionei ao lado de Javi, senão teria dito uns certos piropos em relação à sua beleza, que hoje ainda conseguiu crescer mais.
- Estás muy hermosa. – disse-me ele. Apetecia-me beijá-lo já e não esperar pelo padre.
Depois de muita conversa, o menino das alianças, o Rodrigo veio até nós. O pequenino de olhos azuis e cabelo castanho, saiu de perto dos seus pais, ou seja, dos meus padrinhos e segurou no seu cestinho das alianças. Javi pegou na minha aliança.
- Mariza Alexandra Ventura, acepta este anillo como uns forma de mi amor eterno, porque yo prometo amatar hasta que el mundo se acaba.
Não me consegui conter e soltei uma lágrima que os meus olhos outrora tentaram esconder.
Javi colocou-me a aliança no dedo, onde iria permanecer toda a nossa vida. Peguei na dele.
- Francisco Javier García Fernandéz, aceita esta aliança komo uma pequena forma de expressar o meu amor eterno por ti, pois vou amar-te até o mundo konhecer o seu fim.
- Assim vos declaro: Marido e Mulher. Pode beijar a noiva. – disse o Sr. Padre.
Javi tomou o meu rosto nas suas mãos, delicadamente.
Ouvi as primeiras palmas dos meus padrinhos e do pequeno Rodrigo.
Sorri para Javi e ele retribuiu. Beijei-o outra vez.

(50 anos depois...)
- Boa tarde, bem-vindo ao Jornal da Uma! – saudou o jornalista da TVI – Uma notícia trágica para o Sport Lisboa Benfica: Javi García, ex-médio defensivo do clube encarnado, faleceu ontem pelas 23 horas. A família do jogador está em estado de choque, devido à repentina morte de Javi García, causada por um ataque cardíaco. O jogador morreu assim, aos 74 anos e com uma grande carreira futebolistica. Muitos dos seus fãs fizeram inúmeros videos sobre o craque alguns até, juntamente com a sua mulher: Mariza Ventura García e o seu filho: Alejandro García, tenista profissional. Vamos então, ver alguns desses videos.

(nessa mesma tarde...)
Mariza Ventura García foi a Sacavém. Trazia, escondido nos seus braços fracos, um pequeno pote com as cinzas do seu amado, falecido ontem à noite. Caminhou muito lentamente à beira-mar do rio Tejo no parque das nações. Chorava. De repente, parou. Subi a grade que separavam o passeio do rio. Segurava o pote no seu braço esquerdo e a grade com a mão direita.
Um rapaz loiro de olhos muito claros em tons de caramelo, veio junto da velha.
- O que está a fazer, minha senhora?
A velha de olhos verdes musgo mirou os do rapaz. Abriu a boca.
- Que olhos lindos que tens. Por momentos, fizeste-me lembrar uma pessoa.
- Quem, minha senhora?
- Uma pessoa muito especial para mim que eu nunca vou esquecer.
- Olhe e porque não vai procurar essa pessoa especial, em vez de estar aqui. Pode magoar-se, venha para aqui. Dê-me a mão.
A velhinha riu-se.
- Mas eu estou aqui mesmo para o procurar.
- Não entendo.
A velha tentou equilibrar-se na grade e agarrou a mão do rapaz, beijando-a.
- Sê muito feliz, rapaz! Procura o teu amor, a tua alma gémea. Sabes, nem mesmo a morte pode separar grandes amantes. Soulmates Never Die... – e nesse preciso momento, a velha largou a mão do rapaz e içou-se no ar, mergulhando na água escura de uma tarde de Inverno.
- Soulmates Never Die! – exclamou Mariza Ventura García engulindo água que a sufocou.
Toda a sua vida passou-lhe pelos olhos, como vislumbre. Imaginou-se anos e anos mais nova, abraçada a Javi García, o seu amor eterno, a sua alma gémea. Deu o seu último sorvo de ar.
O pote das cinzas do seu amado foi largado pelo seu braço inerte...

(FIM)